terça-feira, 28 de junho de 2011

Arroz engorda?

Adorei essa reportagem da Revista Boa Forma sobre os tipos de arroz e resolvi escrever pra vocês. Sempre fui apaixonada por arroz e feijão, comia todo dia no Brasil, pena que aqui na Irlanda deixei esse habito de lado e me rendi a algumas comidinhas rápidas e menos saudáveis, infelizmente! Aposto que muitos se perguntam se o arroz engorda, se faz bem, a quantidade certa a ser consumida, e é sobre isso que vamos falar.



Fonte de carboidrato, o arroz ainda fornece energia, outro combustível importante para o processo de recuperação da musculatura. O segredo para você obter apenas os benefícios desse alimento é fácil de adivinhar: maneirar na porção. A ideia não é que você coma arroz todo santo dia. Mas mostrar que, se quiser, pode ir em frente – afinal, são mais de 1500 espécies no mundo! A lista disponível por aqui é menor, mas não tanto que dê para cansar o paladar. É só fazer um rodízio entre eles. “Cada tipo de arroz tem um sabor específico e pede acompanhamentos diferentes, deixando o prato colorido e criativo”, segundo o chef de cozinha Andrew S. Bushee. 

Vamos saber um pouco mais sobre alguns tipos de arroz...

BRANCO
É o mais consumido em todo o mundo, provavelmente por ser o mais barato e prático de preparar. Oferece aminoácidos e amido (carboidrato), mas é pobre em vitaminas e minerais – nutrientes perdidos no processo de refinamento e polimento. Se for impossível trocar de vez pelo integral, procure sempre combiná-lo com feijão ou verduras – as fibras desses alimentos ajudam a reduzir o índice glicêmico do arroz polido e reduzem o risco de ele engordar.

PARBOILIZADO
Mais nutritivo que o branco, oferece uma porção maior de proteína, vitaminas e minerais, especialmente cálcio. Isso porque o grão é pré-cozido ainda com a casca, o que provoca a migração desses nutrientes para o interior dele. Outra vantagem em relação ao branco: é mais firminho, o que revela a presença de amido resistente, oferecendo menor risco à dieta. E ainda  fica mais soltinho depois de ronto.

INTEGRAL
Mantém preservada a película que envolve o grão. Por isso, o arroz integral é rico em vitaminas B1, B6 e B5 – importantes para o sistema nervoso e a saúde dos músculos, das células e do coração. Essas vitaminas também fazem parte do metabolismo do açúcar, da proteína e da gordura. O integral ainda oferece antioxidantes (selênio, vitamina E) e mais fibras do que qualquer outro tipo – esses nutrientes promovem saciedade e melhoram o funcionamento do intestino. Percebeu a importância desse arroz para a dieta? Entre os integrais, os mais conhecidos são o cateto (arredondado), o agulhinha (alongado) e o vermelho. Além de ser o mais macio dos integrais, este último tem ferro, zinco e um componente (monocolina) que ajuda a reduzir o coletesterol ruim.

SELVAGEM
Marrom-escuro por fora e claro e macio por dentro, o grão é classificado e consumido como arroz, mas, na verdade, é uma gramínia originalmente cultivada pelos índios americanos. As propriedades nutricionais são próximas as do integral, com a diferença de ter menos carboidrato. Coloque no prato sem medo de engordar! O sabor é marcante, ficando mais suave se misturado ao arroz branco ou integral.

PRETO
A cor e o sabor acastanhados desse arroz, ainda novidade no mercado brasileiro, dão ao grão um perfil gourmet. Mas vale colocá-lo no prato com frequência, pois contém uma quantidade surpreendente de compostos fenólicos – antioxidantes potentes contra o envelhecimento. Assim como o integral, oferece vitaminas do complexo B e uma boa dose de fibras e de proteína. Ou seja, tem tudo para fazer sucesso no prato de quem está em busca da boa forma.

ARBÓREO
De origem italiana, é um grão curto, gordinho e branco. O nome soa ecológico, mas seu perfil nutricional é semelhante ao do arroz branco polido, ou seja, tem mais carboidrato do que proteína. Fibras, vitaminas e minerais também passam longe. Mas é perfeito para o preparo de risoto, pois absorve bem os temperos e, depois de cozido, fica durinho por fora e cremoso por dentro. Para baixar o índice glicêmico do grão, junte uma proteína magra (frango, peixe) e uma fonte de fibras (rúcula, abobrinha) à receita e, claro, dispense a manteiga.

BASMATI
Variedade indiana, tem grão longo, que fica macio e soltinho depois de cozido, com aroma de nozes e sabor delicado. É perfeito para o preparo de paella, receita típica espanhola, e pratos apimentados, como  os indianos. Nas refeições do dia a dia, pode substituir tranquilamente o arroz branco.
Prefira a versão integral – para garantir uma dose maior de proteína e fibras – do que o basmati polido.

MOTI
É o famoso arroz japonês. Assim como o branco polido, tem mais carboidrato do que proteína e quase nada de fibras, resultando em um grão que dispara os níveis de açúcar no sangue, o que engorda.
Mas esse “defeito” é amenizado quando ele vem acompanhado de peixe e alga – ingredientes do sushi e do temaki. Mesmo assim é bom não exagerar na quantidade. Depois de cozido, o moti também rende uma boa massa para o preparo de bolinho – mas evite, pois é frito.


Depois de conhecer um pouco mais sobre os tipos de arroz, agora é só experimentar e escolher o que melhor se encaixa com a sua dieta. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário